O caminho
Siga por este caminho.
Ele conduz ao Nirvana.
Desculpe-me.
Vou seguir meu próprio caminho.
Sobre penhascos rochosos ou por baixo d'água.
O caminho do velho mestre, o caminho do cadáver.
*
(De What? 108 Zen Poems)
sábado, 31 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
"borboletras no quintal"
"Cosme e as estrelas"
http://borboletrasnoquintal.blogspot.com/
texto lindo!!!
de um blog que amo
e que me inspirou a criar o meu =)
http://borboletrasnoquintal.blogspot.com/
texto lindo!!!
de um blog que amo
e que me inspirou a criar o meu =)
Aceno
ACENO
e então guardei meu sonho dentro do teu sonho
na espera de que fosse pela madrugada
um céu e abrigo: o dia que foi tão medonho
com seus clarões tão falsos numa enevoada
de cores de pessoas de papéis riscados
com coisas ditas sérias mas que não são nada
se olharmos bem de perto isso que nos foi dado
aquilo que eu você todos deixamos lá
num canto onde se guarda tudo o que é sagrado:
como os instantes que nos chegam devagar
(do teu sorriso quando busca outro sorriso
e encontra o meu aceno tímido). O lugar
que existe agora – não porque o idealizo
mas por viver em ti – adormece em tom risonho
e chega levemente enquanto deito e aliso
teu rosto no meu sonho dentro do teu sonho.
Henrique Rodrigues
e então guardei meu sonho dentro do teu sonho
na espera de que fosse pela madrugada
um céu e abrigo: o dia que foi tão medonho
com seus clarões tão falsos numa enevoada
de cores de pessoas de papéis riscados
com coisas ditas sérias mas que não são nada
se olharmos bem de perto isso que nos foi dado
aquilo que eu você todos deixamos lá
num canto onde se guarda tudo o que é sagrado:
como os instantes que nos chegam devagar
(do teu sorriso quando busca outro sorriso
e encontra o meu aceno tímido). O lugar
que existe agora – não porque o idealizo
mas por viver em ti – adormece em tom risonho
e chega levemente enquanto deito e aliso
teu rosto no meu sonho dentro do teu sonho.
Henrique Rodrigues
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Ano novo, casa nova, blog novo!
O meu olhar (Alberto Caeiro)
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele
e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia:
tenho sentidos...
Se falo na Natureza
não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo,
e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele
e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia:
tenho sentidos...
Se falo na Natureza
não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo,
e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
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